domingo, 9 de novembro de 2014

Mídia protege Demóstenes Torres

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu suspender a ação penal contra o ex-senador Demóstenes Torres que tramitava em Goiás. Neste processo, o ex-demo era acusado de corrupção passiva e de advocacia em favor do mafioso Carlinhos Cachoeira. A mídia venal, que adora promover a escandalização da política, quase não noticiou mais este caso grotesco de impunidade. Afinal, Demóstenes Torres sempre gozou da proteção da velha imprensa. A asquerosa “Veja” chegou a elegê-lo como “mosqueteiro da ética”. Em uma singela notinha, o site da revista Época ainda relatou a “emoção” do ex-senador com a sua estranha absolvição:

Estelionato eleitoral de FHC em 1999

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na semana passada, após anúncios de aumentos da taxa Selic e de 3% no preço da gasolina, lideranças do PSDB e os jornais de sempre qualificaram a medida como “estelionato eleitoral” que teria sido praticado pela presidente Dilma Rousseff porque, durante a campanha de sua reeleição, teria negado que o governo fosse aumentar juros e combustíveis.

A cara de espanto das "Meninas do Jô"

A oposição e os tons golpistas

Por Marcelo Zero, no blog de Paulo Moreira Leite:

Claro está que o anticomunismo primitivo dessas manifestações, que ressuscitaram a Guerra Fria em pleno século XXI, é algo definitivamente cômico, que não assusta muita gente. De fato, no mundo de hoje, tais manifestações parecem tão deslocadas no tempo quanto uma típica quartelada latino-americana, algo saído de uma caricata república bananeira.

Direita militante e origem do fascismo

Por Lincoln Secco, no site Carta Maior:

O fascismo começou assim: pequenos grupos ridicularizados e sem visibilidade eleitoral.

O crescimento histórico do fascismo não se deu sem a cumplicidade passiva, primeiro, ativa depois, das autoridades legalmente constituídas. Afinal, tanto na Itália quanto na Alemanha os fascistas só romperam a legalidade depois e não antes de chegar ao poder.

FNDC exige: Democracia da Mídia Já!

Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

Em nota pública, o FNDC e suas organizações filiadas prometem intensificar a luta e a mobilização popular pela ampliação do exercício da liberdade de expressão.

Nota pública

Regulação da mídia é caminho para consolidar democracia brasileira

Maldito bolivariano, berra o direitista

Por Gilberto Maringoni, na revista CartaCapital:

Pronto, inventaram um novo xingamento.

Depois de comunista e terrorista de um lado e de coxinha de outro, epítetos que já entediavam a todos, a tendência do verão é chamar os desafetos de “bolivariano”.

- O que quer dizer?

- Não sei muito bem, mas tá bombando.

Aécio tem razões para espernear

Por Fernando Borgonovi, no site Vermelho:

Fosse apenas à estrepitosa recepção na entrada do Senado, quando Aécio Neves foi aclamado por uma multidão de uma centena de funcionários comissionados, e tudo estaria bem, relevar-se-ia. Afinal, é mais do que comum em nossos costumes políticos o derrotado armar um teatro para figurar o papel de vencedor.

Justiça condena agente que cumpre a lei

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Koscho:

A notícia: dada em primeira mão por Heródoto Barbeiro no Jornal da Record News, na terça-feira, relata o caso de Luciana Silva Tamburini, a bela agente de trânsito da Operação Lei Seca, no Rio, que estava trabalhando na blitz em que foi parado o carro do juiz João Carlos de Souza Corrêa, 18º JEC (Juizado Especial Criminal), em fevereiro de 2011. O ilustre magistrado estava sem documentos do carro, nem habilitação para dirigir, e deu voz de prisão à agente, que estava só cumprindo a lei.

O beijo de Adnet é notícia?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Passo pelo UOL e vejo que as duas matérias mais lidas são sobre o beijo do humorista Marcelo Adnet numa mulher que não a sua, Dani Calabresa.

Ontem, essa “notícia” estava em todos os sites, sempre entre as mais consumidas.

No Facebook, alguém publicou a nota que a Veja deu sobre o beijo. Ri ao ler um comentário: “É culpa da Dilma!”

Os dramas da falta de água em SP

Do site da Adital:

Tomar banho e lavar roupa são os principais desafios apontados pelos moradores e moradoras de São Paulo diante da maior crise de desabastecimento de água enfrentada pelo Estado. Levantamento realizado, recentemente, com 500 pessoas das classes A,B e C, do interior e capital paulistas pela plataforma PiniOn (www.pinion.com.br) buscou saber a opinião da população sobre a crise hídrica. A pesquisa foi realizada com pessoas entre 18 e 64 anos. O PiniOn é uma plataforma mobile crowdsourcing de coleta e análise de dados para pesquisas de mercado, experiências de consumo e etnográficas.

A verdade sobre o aumento da gasolina

Do site Muda Mais:

Os pessimistas de plantão estão espalhando por aí que o reajuste de 3% no preço da gasolina e 5% no preço do diesel anunciado ontem (4) pela Petrobras vai refletir de forma catastrófica no preço final do combustível.

Vamos por partes, gente. Não é nada disso. Um reajuste de 3% nas refinarias não significa muita coisa no preço final passado ao consumidor. Em segundo lugar, graças a uma lei de 1997 sancionada por FHC, quem controla, na prática, os preços são os agentes econômicos, ou seja, os produtores ou importadores, distribuidores e postos de gasolina. Por isso a diferença (muitas vezes, gritante) de preços de um posto para outro. Nada disso depende diretamente da presidenta da República.

Queda do muro virou mito de vencedores

Por Breno Altman, em seu blog:

O noticiário internacional está marcado, nos últimos dias, pelas festividades comemorativas dos 25 anos da queda do Muro de Berlim. A maioria da imprensa celebra o evento com galhardia.

Trata-se, afinal, do símbolo mais emblemático da derrocada do socialismo e da possibilidade histórica de qualquer sistema distinto do capitalismo triunfante.

Demissões na Folha e a agonia da mídia

Por Altamiro Borges

As previsões apocalípticas da Folha estão se confirmando... na própria Folha. O jornal da famiglia Frias está morrendo. Nesta semana, a empresa demitiu vários profissionais – ainda não há números oficiais, já que o diário evita tratar com transparência sobre o facão. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo estima em mais de 20 cortes. Entre eles, colunistas famosos e bem remunerados – como Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa” tucana, e Fernando Rodrigues. Na mesma semana, outros dois jornais confirmaram a gravíssima crise que atinge a mídia impressa no país – o “Diário do Comércio” anunciou seu fim e a Rede Anhanguera de Comunicação demitiu nos seus veículos em Campinas (SP).