domingo, 12 de julho de 2015

Altos salários e regalias do Judiciário

Por Altamiro Borges

Vários especialistas garantem que o Poder Judiciário é o mais hermético dos poderes da República – e também o mais corrupto. Este fenômeno é mundial, mas chega aos extremos no Brasil. No início de julho, numa dobradinha irresponsável que visa apenas desgastar o governo Dilma, o Senado aprovou um projeto que concede ao setor um reajuste salarial que varia de 53% a 79% a depender do cargo na Justiça. A presidenta, que só fala no tal do ajuste fiscal, já anunciou que vetará o aumento. Até na mídia oposicionista houve críticas à generosidade dos senadores. Globo, Estadão e Folha publicaram editoriais e artigos contra a "irresponsabilidade" do Legislativo e as regalias do Judiciário.

Alckmin recua no leite das crianças

Por Altamiro Borges

A Defensoria Pública de São Paulo decidiu nesta semana apurar o corte orçamentário efetuado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no programa "Viva Leite". Antes, ele beneficiava crianças de seis meses a seis anos e 11 meses de idade. A partir de 1º de julho, a Secretaria de Desenvolvimento Social anunciou que ele passaria a atender apenas as crianças de um ano a cinco anos e 11 meses. O drástico corte foi denunciado até pela Folha tucana, gerou duras críticas nas redes sociais e rebateu na Defensoria Pública. Diante do risco de desgaste político, o "picolé de chuchu" – que já está em plena campanha para a disputa presidencial de 2018 – decidiu anular temporariamente a medida impopular.

Paulinho da Força e a propina antigreve

Por Altamiro Borges

A mídia privada segue dando enorme destaque às "delações premiadas" – e premeditadas – de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. No midiático processo da Operação Lava-Jato, que inclui prisões arbitrárias e vazamentos seletivos, o delator é tratado pela imprensa como um herói, um semideus. O interessante, porém, é que alguns dos acusados por ele de envolvimento na corrupção logo somem do noticiário. É o caso do senador Aloysio Nunes, vice derrotado na chapa do cambaleante Aécio Neves, que teria recebido do empreiteiro R$ 300 mil. Outro dedurado – e deletado pela mídia – é o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), um dos mais ativos organizadores das "marchas" golpistas pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A máfia dos bancos e o silêncio da mídia

Por Altamiro Borges

Com o intento de "sangrar" o governo Dilma, a mídia privada promove diariamente a escandalização da política – com base nas prisões arbitrárias, nos vazamentos seletivos e nas "delações premiadas" de notórios bandidos. Este denuncismo, porém, desaparece do noticiário quando envolve algum cacique da oposição demotucana. Já virou até motivo de piada de que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado ou preso no Brasil. A escandalização também inexiste quando atinge poderosos empresários. Na semana passada, pequenas notinhas informaram que vários bancos são suspeitos da formação de um criminoso "cartel do câmbio". A bombástica notícia, entretanto, já sumiu da mídia.

PSDB já não esconde defesa do golpe

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Em um regime democrático, faz parte do jogo político a existência da oposição. Mas, neste momento no Brasil, a oposição, capitaneada pelo PSDB, não segue esse preceito. Isso ficou claro nos discursos da convenção que reelegeu o senador Aécio Neves Cunha como presidente do partido.

Os diversos oradores, entre os quais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o próprio Aécio Neves Cunha, pregaram o golpe abertamente.

A internet e os limites da informação

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

O diário britânico The Guardian realizou, em 1994, um exercício de futurologia. Ofereceu aos leitores, em uma de suas edições, pequenos encartes do que poderia ser o jornal no ano 2004. Nele estariam selecionadas as notícias de forma personalizada e sintetizada, segundo o interesse de cada leitor. O acesso seria feito através de máquinas, semelhantes aos caixas eletrônicos, onde o interessado, de posse de um cartão magnético, imprimiria o seu exemplar exclusivo. Com uma sofisticação bem inglesa: a impressão seria feita sobre uma resina sintética à prova d’água para permitir a leitura na banheira.

Ibope revela as fragilidades do PSDB

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A recém-divulgada pesquisa Ibope sobre uma hipotética eleição presidencial em segundo turno, encomendada pelo jornal O Estado de São Paulo, revela mais pelo que não diz do que pelo que diz. E a maior novidade que trouxe é surpreendente: o PSDB lucrou muito pouco com o massacre de Dilma, do PT e de Lula que vimos assistindo desde o início do ano.

Gilmar Mendes abre outro flanco golpista

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Matéria da IstoÉ, publicada neste final de semana, mostra direitinho como está sendo preparado o golpe.

Tudo se encaminha para a criminalização da campanha de Dilma Rousseff, visto que este é o flanco preferido dos ataques tucano-midiáticos: a cassação da candidatura, o que evitaria até mesmo o desgaste de um impeachment.

Ibope é autoengano para Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A pesquisa Ibope-Estadão que ocupa as manchetes dos sites dos grandes jornais, agora à noite, faz parte apenas do campo da propaganda.

Não apenas qualquer pesquisa feita mais de três anos antes de eleições já é, por si, pouco reveladora do que podem ser as tendências do eleitor quando chegar este “futuro distante” em matéria eleitoral.

Alckmin mentiu sobre salário de professor

Por Altamiro Borges

Durante a mais longa greve da história dos professores da rede estadual de São Paulo, que durou 89 dias, o governador Geraldo Alckmin contou com a cumplicidade da mídia chapa-branca para difundir mentiras sobre as reivindicações da categoria. Nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê, o tucano alardeou que os docentes não tinham motivos para paralisar as aulas, já que teriam recebido 45% de aumento real dos salários nos últimos quatro anos. Para o governador e seus "calunistas" de plantão, a greve teria motivações políticas e seria irresponsável. Agora, porém, a própria Folha – que sempre blindou o generoso governador – informa que o reajuste da categoria foi de apenas 12,3%.