segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Dias sombrios do jornalismo na Argentina

Por Altamiro Borges

Um dia após a vitória do direitista Mauricio Macri nas eleições da Argentina, em 23 de outubro, o jornal “La Nación” publicou um editorial asqueroso pedindo perdão para os carrascos da sangrenta ditadura militar (1976-1983). Intitulado “Chega de vingança”, ele celebrou “o fim do kirchnerismo” e criticou a política de direitos humanos que levou à cadeia mais de 600 militares responsáveis pelas torturas e mortes de 30 mil argentinos. De imediato, os jornalistas fizeram um protesto na redação do diário, empunhando cartazes com os dizeres “eu repudio o editorial”. Um gesto combativo, mas que sinaliza as enormes dificuldades que o jornalismo argentino deverá viver no próximo período.

O oportunismo mequetrefe de José Serra

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


“Serra é o Benjamin Button que não deu certo: nasceu velho e continuou velho”. A definição do Careca por José Simão continua atualíssima. Serra já era um ancião desde pequeno e estacionou numa idade mental provecta.

No domingo, 30 de novembro, deu mais uma prova disso ao publicar uma foto avenida Paulista num dia de chuva ininterrupta para criticar Haddad e Dilma numa só tacada.

Véspera de um Dia D para a crise

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma paz de cemitérios domina Brasília na véspera de um dia D para a crise econômico-política. Há um feriado de araque na cidade, do Dia do Evangélico, mas nem o comércio o respeitou. A administração federal funcionou normalmente, mas na área política não houve qualquer reunião de líderes da base governista, nenhuma ação palaciana visível. A presidente Dilma desembarca de madrugada na base aérea, procedente de Paris, e fará uma reunião de coordenação política pela manhã. Mas nesta altura será curto o tempo para executar a estratégia.

O filho de Lula e a vingança da PF

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A forma como a mídia apresentou a conclusão descabida e maliciosa da Polícia Federal sobre o filho do ex-presidente Lula Luíz Cláudio dá a entender que ele teria entregado uma cópia de material da Wikipédia à empresa M&M em troca de 2,4 milhões de reais.

É uma maluquice. Significa que apesar do valor do negócio, a empresa do filho do ex-presidente sequer se deu ao trabalho de contratar alguém – por uma fração mínima do montante auferido – para produzir alguma coisa mais elaborada.

A mídia e o quarto poder


Blogueiro derrota Kamel, carrasco da Globo

Por Marco Aurélio Mello

Incrédulo.

Foi como recebi a notícia de que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por unanimidade, julgou na última quinta-feira improcedente a ação movida contra mim pelo jornalista mais poderoso do país: Ali Kamel.

Por causa desta e de outra ação em que sou réu, nos últimos cinco anos já “comi o pão que o diabo amassou”. Fui ridicularizado por colegas de profissão, criticado por amigos e parentes e vi o mercado de trabalho encolher em mais de 50%. Afinal, o oligopólio Globo emprega a metade de todos os profissionais do país, direta ou indiretamente.

Para onde caminha a América Latina?


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


Na segunda-feira (7), às 19 horas, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) promovem a segunda atividade do Ciclo de Debates Que Brasil é este?. Em pauta, os desafios dos projetos progressistas na América Latina e a ameaça da ofensiva conservadora.

Ao PT só resta temer o próprio medo

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O PT não pode mais assistir ao seu próprio funeral acuado nas amarras da prostração e da perplexidade.

Forças que querem destruí-lo tem tido sucesso nesse intento, graças a um estratagema ardiloso.

Em nome dos erros do partido - que não são poucos - mira-se a desqualificação de suas virtudes e bandeiras

Corrupção e falência do sistema político

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Agora é praticamente todo dia que aparece um novo escândalo de corrupção. Não que antes não os houvesse, desde que Cabral por aqui aportou, mas a bandalheira público-privada virou uma assustadora rotina e os números envolvidos são cada vez mais impressionantes.

Ficamos sabendo agora, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República, que o BTG, do banqueiro preso André Esteves, pagou R$ 45 milhões ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, para incluir uma emenda na medida provisória nº 608, em 2013, destinada a liberar os créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus.

"Eles só roubaram no governo Lula"

"Exército Islâmico" e as bênçãos dos EUA

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Conduzida com inesperada habilidade por Vladimir Putin, a posição de liderança da Rússia nos conflitos no Oriente Médio vem crescendo no Ocidente.

Os Estados Unidos, mesmo com a experiência de mais de uma década de ocupação no Afeganistão e no Iraque, ao contrário, têm cada vez mais dificuldades em serem vistos como uma força capaz de pacificar a região.

Livro relata bastidores do 'SwissLeaks'

Por Patrícia Dichtchekenian, no site Opera Mundi:

“Sem dinheiro, não há Suíça”, escreveu o poeta francês Jean Racine em 1669. Passaram-se séculos e o pequeno país europeu manteve seu status de paraíso fiscal até fevereiro de 2015. A tempestade teve nome e sobrenome: Gérard Davet e Fabrice Lhomme, dois jornalistas investigativos do jornal francês Le Monde que vazaram – em coordenação com repórteres do mundo inteiro – um esquema de sonegação fiscal envolvendo a filial suíça do banco HSBC, também conhecido como “SwissLeaks”.

Meio ambiente e interesses capitalistas

Editorial do site Vermelho:

O encontro sobre o clima que começa em Paris nesta segunda-feira (30) e vai até 11 de dezembro pode representar um capítulo novo nas negociações internacionais que ocorrem sobre o tema.

A 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21) vai reunir pelo menos 147 chefes de Estado e representantes de, espera-se, 196 países. Será o maior evento promovido pela ONU fora de sua sede, em Nova York. E enfrentará uma pauta difícil, não somente pelo simbolismo (acumulado nas inúmeras negociações anteriores), mas sobretudo pelos interesses políticos e econômicos envolvidos.

Folha, BNDES e o direito de resposta

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que irão analisar a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a Lei de Direito de Resposta terão pela frente uma evidência claríssima: a melhoria exponencial da qualidade das informações após a aprovação da lei.

Ao aceitar o direito de resposta de pessoas atingidas, os jornais permitem que seus leitores tenham acesso a fatos verdadeiros. Mais que isso: serão mais exigentes com seus repórteres e editores, para não expor o veículo a mais direitos de resposta.

Beto Richa quer calar blogueiro no Paraná

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Tarso Cabral Violin é advogado, professor de Direito Administrativo, autor do Blog do Tarso e presidente da Associação de Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná -ParanáBlogs.

Em junho deste ano, nós denunciamos aqui no Viomundo: Barão de Itararé e Artigo 19 repudiam multa de R$ 200 mil imposta ao Blog do Tarso pelo grupo do tucano Beto Richa.

O fato.

Delcídio revela o "petrolão tucano"

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Pelo teor das gravações que chegaram ao conhecimento público, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez por merecer sua prisão, apesar de alguns juristas dizerem que houve precipitação na decisão. Isso porque, de acordo com a Constituição, parlamentares só podem ser presos em flagrante – pode-se até questionar se há excessos nas prerrogativas parlamentares, mas atualmente é o que está em vigor na Carta Constitucional brasileira.

Cunha manobra para se salvar

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O dramaturgo Eduardo Cunha, presidente da Câmara, quebra a cabeça para escrever o fim da trama policial que ele mesmo estrela sobre milhões escondidos na Suíça e corrupção na Petrobras. Vaiado em ato público de seu partido e dentro do plenário que comanda, ignorado pelo relator de seu caso no Conselho de Ética, o peemedebista já sabe. Caiu na antipatia popular e só salva o mandato com alguma manobra ousada.

Por trás das cortinas, é obrigado a cogitar inclusive abandonar a presidência antes do previsto, desfecho desejado pelo Palácio do Planalto e pela oposição.