quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Moreira Franco, o sétimo defenestrado?

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Por Altamiro Borges

O covil golpista está definhando. Nas redes sociais, os internautas já ironizam o drama da quadrilha que assaltou o poder. No Google, as buscas sobre a possível queda do usurpador cresceram 200% nos últimos dias. Surgiram, inclusive, eventos no Facebook: "Natal sem Temer" e "Renuncia, Temer". Já nos bastidores de Brasília, o clima não está para piadas. Nas últimas horas aumentaram os rumores sobre a iminente demissão de Moreira Franco, o homem das intimidades do Judas. O site da revista Exame até postou na tarde desta quarta-feira (14) que sua "carta de demissão" já está pronta:

"O secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, está com a carta de demissão pronta, mas ainda não a apresentou ao presidente Michel Temer, afirmou uma fonte do governo à Reuters. Citado em delação pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, Moreira Franco é um dos nomes de confiança do presidente e um dos integrantes mais importantes do governo peemedebista. Segundo a fonte, que pediu anonimato, a decisão de sair seria para não prejudicar o governo".

"Questionados por Exame.com, auxiliares do governo afirmam que a eventual demissão de Moreira Franco está descartada. 'Isso não passa de uma tentativa da oposição de desestabilizar o governo para barrar votações de medidas econômicas importantes', afirmou um interlocutor do Palácio do Planalto. O secretário-executivo do PPI divulgou uma nota curta, afirmando que não abandona lutas nas quais acredita. A nota de Moreira Franco não convenceu muita gente. Afinal, aonde há fumaça, há fogo! E a situação da quadrilha ficou ainda mais tenebrosa com a primeira delação da Odebrecht - e são 77 delações - e com a pesquisa Datafolha que mostra o total descrédito do Judas Michel Temer.

O clima é de fim de festa em Brasília. Tanto que outro homem de confiança do usurpador, o assessor especial José Yunes, pediu as contas nesta quarta-feira. Segundo o site Terra, "ele entregou a carta de demissão ao presidente no início desta tarde, mas nega ter recebido recursos da empreiteira. Seu nome foi citado pelo ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho. De acordo com a delação, Yunes teria recebido em seu escritório em São Paulo cerca de R$ 10 milhões repassados ao PMDB durante a campanha eleitoral presidencial de 2014".

Na carta de demissão, o conhecido operador do Judas afirma que não conhece o empresário Cláudio Melo Filho. Em tom choroso, ele acrescenta: "A decisão de se demitir foi tomada para preservar minha dignidade e manter acesa a chama cívica que me faz acreditar nos imensos potenciais de meu país". O problema, segundo fontes de Brasília, é que o ex-executivo da Odebrecht teria gravado as conversas com o assessor demissionário de Michel Temer. Se for verdade, a coisa vai feder em Brasília. Talvez a ironia dos internautas até se concretize: "Natal sem Temer". A conferir!

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