quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Mídia acoberta agressor de Lindbergh Farias

Por Altamiro Borges

Na noite da última sexta-feira (23), o senador petista Lindbergh Farias foi agredido por um debiloide ao sair de um restaurante na zona sul do Rio de Janeiro. O valentão, aparentemente embriagado ou drogado, fez várias provocações e chegou a empurrar a esposa do parlamentar, que foi jogada ao chão e sofreu escoriações no corpo. A mídia privada, maior responsável por chocar o ovo da serpente fascista na sociedade brasileira, não deu a mínima para o gravíssimo incidente. Alguns jornalões até tentaram justificar a agressão. Coube ao coletivo “Jornalistas Livres”, uma das mais belas experiências de mídia alternativa no Brasil, divulgar a identidade do agressor – que deveria ser processado e preso, para o bem da sociedade. Reproduzo a reportagem e volto na sequência:


Político com rádio e televisão é ilegal!

Por Altamiro Borges

O artigo 54 da Constituição Federal é taxativo. Seu inciso I afirma que deputados e senadores não podem celebrar ou manter contratos com concessionárias de serviço público, o que inclui as emissoras de rádio e televisão. Já seu inciso II proíbe que parlamentares sejam proprietários, controladores ou diretores de empresas que recebam benefícios da União. Apesar disto, vários políticos com mandatos exploram concessões públicas de radiodifusão – seja diretamente ou através de familiares e “laranjas”. Na semana passada, porém, o Ministério Público Federal finalmente decidiu fazer valer a Constituição. O problema é o covil golpista de Michel Temer, infestado de “coronéis eletrônicos” – na excelente definição do professor Venício Lima –, fará de tudo para desrespeitar a sentença.

O estelionato eleitoral da Previdência

Por Altamiro Borges

Preocupado com o desgaste de seus candidatos, o covil golpista de Michel Temer deve deixar o golpe da Previdência, que elevará as contribuições e a idade da aposentadoria – entre outras maldades – para depois do pleito municipal deste domingo. O descarado estelionato eleitoral é defendido pelos partidos fisiológicos da sua base de sustentação, segundo matéria da Folha desta terça-feira (27): “Diante das pressões dos aliados para adiar o envio da reforma da Previdência ao Congresso, o presidente Michel Temer pode acatar o pedido em reunião agendada com ministros, líderes partidários e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e deixar o projeto para depois das eleições”.

Quais são os anseios da juventude?

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os anseios da juventude brasileira são o tema da 11ª e última edição do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?. Pablo Capilé (Mídia Ninja e Fora do Eixo), Carina Vitral (União Nacional dos Estudantes - UNE) e Djamila Ribeiro (secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo) debatem o assunto a partir das 19 horas da segunda-feira (3), em São Paulo.

Marta fez o que fez para perder a eleição

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A história de Marta Suplicy é o que o que se chama em inglês de cautionary tale - simplificando, algo que serve de alerta. Uma fábula moral.

Em nome de sua ambição, maior do que sua competência, ela passou por cima de tudo para conseguir uma vaga para concorrer à prefeitura de São Paulo.

Foi para o PMDB com uma conversa mole inacreditável sobre sua surpresa com a corrupção do PT, falou que nunca se considerou uma pessoa de esquerda, pediu desculpas de joelhos sobre as taxas, tirou o Suplicy do sobrenome, deu flores a uma Janaína Paschoal, posou para fotos com Cunha, Renan e Temer, abraçou o golpe.

O triângulo Temer, Moraes e Lava Jato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, embora não vá dar em nada (enquanto não quiserem que dê), é oficialmente um investigado na Lava Jato.

Seu Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, é ao menos um “confidente” da Lava Jato, ficou mais que provado com o vídeo onde antecipa as prisões de ontem.

Como ficou provado que a Polícia Federal mentiu ao dizer que não o avisou.

Um pacto pode evitar o horror em SP

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Restam poucas horas para o desastre anunciado se consumar.

Mas a experiência mostra que poucas horas de lucidez, com ação coordenada de projeto, rua e propaganda podem sacudir a vida de um povo. E mudar o curso da história.

O desfecho que se esboça na disputa municipal em São Paulo, e na do Rio, deixará uma lição dura às forças progressistas.

Se a derrota se confirmar domingo, levando para o segundo turno candidaturas de direita nas duas principais capitais do país, ficará flagrante o irrealismo inscrito na dispersão eleitoral das forças progressistas nos dois casos.

O escancarado viés político da Lava-Jato

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Há quem diga que não existe coincidência. Ou, simplesmente, quem nela não acredite.

Na sexta-feira (23/09), à tarde, Alexandre de Moraes, o ministro da Justiça do governo que jogou no lixo 54 milhões de votos destinados à Dilma Rousseff com o golpe do impeachment, esteve na superintendência do Departamento de Polícia Federal (DPF) de São Paulo. Foi uma visita atípica, pois o habitual é que ministros de Justiça visitem superintendências acompanhados do Diretor Geral da instituição. Moraes foi sozinho.

Haddad é o voto contra o retrocesso

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Primeira eleição depois do golpe de 31 de agosto, a votação do próximo domingo, quando os brasileiros vão às urnas para escolher prefeitos e vereadores, guarda um traço semelhante com os pleitos ocorridos nos tempos do regime militar.

A conjuntura é marcada pela tentativa, por parte dos aliados de Michel Temer, de consolidar um estado de exceção, primeiro passo para reduzir direitos e diminuir liberdades num período próximo.

Elas não cabem na 'democracia' brasileira

Por Carmela Zigoni, no site Outras Palavras:

A análise do perfil das candidaturas para as Eleições 2016 revela, mais uma vez, o sexismo e o racismo das estruturas de poder no Brasil. Das 493.534 candidaturas em todo o Brasil, sendo 156.317 candidaturas do sexo feminino, apenas 14,2% (70.265) são mulheres negras concorrendo ao cargo de vereadora e 0,13% (652) ao cargo de prefeita – considerando-se “negra” a somatória das variáveis ‘pretas’ e ‘pardas’. Se considerarmos somente as candidatas que se auto-declararam ‘pretas’, o número é ainda menor: 0,01% (60) para prefeitura, 0,03% vice prefeitura (135), 2,64% (13.035) se candidataram ao cargo de vereadora.

José Serra, um chanceler 'decorativo'

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, ameaçou demitir todos os assessores de seu gabinete, exceto um, assim que voltou a Brasília de uma viagem a Nova York, aonde fora acompanhar o presidente Michel Temer. A conferir se as demissões se confirmarão nos próximos dias, mas o rompante é compreensível. Serra regressou enfraquecido dos Estados Unidos, país ao qual sonha atrelar o Brasil.

O chanceler foi ignorado na elaboração do discurso presidencial proferido na terça-feira 20 na Assembleia Geral das Nações Unidas, motivo principal da viagem da dupla. Viu Temer assumir posições conflitantes com as suas. Ficou (por opção própria) em um hotel diferente daquele usado pelo chefe e por ministros da comitiva. Ausentou-se de uma histórica reunião global sobre refugiados.

PMDB, PSDB e o Brasil dos brutamontes

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

Há quem resvale à beira do ridículo, ou do adesismo, angustiado com o inexistente dilema de apoiar o governo Temer contra o que seria um golpe ainda mais reacionário do PSDB, de Aécio Neves e de Fernando Henrique Cardoso. Estava demorando aparecer o pretexto para a velha cantilena de ser preciso combater a reação por dentro. Em geral, o combate se dá por dentro de bons hotéis, bons empregos e bons salários.

Teto de gastos e o tiro no pé do Congresso

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Michel Temer pretende convidar "lideranças" do Congresso, para um primeiro jantar no Palácio do Alvorada.

No cardápio, obter apoio para o mais importante (para ele) projeto do Ministro Henrique Meirelles nesse governo, a medida que limita, em princípio por 20 anos, os gastos do governo federal.

É a primeira vez que a área política de um país tomará a iniciativa de aprovar, por sua própria conta, seu esmilinguamento institucional.

A erosão da democracia brasileira

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Sul-21:

O golpe parlamentar-judicial que ocorreu no Brasil vai ter repercussões na vida social e política do país difíceis de prever, ainda que, na versão oficial e na dos EUA, tudo tenha corrido dentro da normalidade democrática. Mas são também de prever repercussões internacionais, não só porque o Brasil é a sétima economia do mundo e assumiu nos últimos anos uma política internacional relativamente autônoma, tanto no plano regional como no plano mundial, através da participação na construção do bloco dos BRICS, mas também porque o modelo de desenvolvimento que adotou nos últimos treze anos parecia indicar que são possíveis alternativas parciais ao neoliberalismo puro e duro, desde que não se toque na sua guarda avançada, o capital financeiro global (é certo que os BRICS pretendiam a prazo tocar-lhe – banco de desenvolvimento, transações nas moedas próprias – e por isso tornou-se urgente neutralizá-los).

Na dúvida, vá pela esquerda!

Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros” . Ernesto Che Guevara.

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. Rosa de Luxemburgo.


O grupo que assaltou o poder no Brasil apresenta uma agenda para o país com dois pontos bem claros: a flexibilização dos direitos da classe trabalhadora (direitos trabalhistas e previdenciários) e a diminuição do papel do Estado na economia. Uma proposta que jamais foi submetida ao escrutínio popular. No voto, ideias como estas quando explicitadas de maneira honesta são sistematicamente rejeitadas pelas urnas.

Haddad começa a desmentir pesquisas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A menos de uma semana das eleições de 2016, um fenômeno revoltante ameaça se repetir. Trata-se de fenômeno que poderia ter mudado o rumo da eleição paulistana de 2012 e que só não mudou porque a capital paulista chegou a um ponto em que não suportará outro governo ultraconservador e voltado para os ricos como o de José Serra, por exemplo.