quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

"Coxinhas" darão chiliques nos aeroportos

Por Altamiro Borges

Durante os governos Lula e Dilma, os aeroportos viraram motivo de chilique dos tais "coxinhas" - a chamada classe média que gostaria de virar "zelite", mas não consegue e tem ódio dos pobres. Eles ficavam indignados com a popularização dos voos, com a presença de trabalhadores nestes antigos oásis dos ricaços. Eu mesmo presenciei várias cenas de preconceito e ódio de classe no check-in e no saguão de vários aeroportos no Brasil. Esta galera egoísta e tacanha foi às ruas para rosnar pelo "Fora Dilma" e pela volta do seu aparente mundinho de privilégios. Uma notícia publicada nesta quarta-feira (7), porém, produzirá ainda maiores chiliques nos "midiotas" da chamada classe média.

Falida, "QuantoÉ" bajula os golpistas

Por Altamiro Borges

A festança da revista IstoÉ nesta terça-feira (6) expôs a intimidade obscena dos golpistas. A foto do "juiz" Sergio Moro cheio de amores com o cambaleante Aécio Neves – várias vezes delatado por corrupção – evidenciou a seletividade da Lava-Jato e bombou na internet. Ela confirmou que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado e, muito menos, preso no Brasil. Outras imagens – como a do alegre José Serra, o "chanceler" das multinacionais do petróleo, e a do eterno decorativo Michel Temer – também foram alvo de chacota nas redes sociais. Mas estas e outras cenas ajudaram ainda a demonstrar a degradação do jornalismo nativo, que tem como expressão patética a revista IstoÉ – conhecida nas meios jornalísticos como "QuantoÉ" por suas práticas mercenárias.

Conduta de Moro e a queixa de Lula na ONU

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A conduta do juiz Sergio Moro fez a ONU adiar para o final de janeiro o prazo que o organismo havia dado ao governo Temer para explicar o processo do Estado brasileiro contra o ex-presidente Lula.

Explico: o que ocorre é que, conforme a Lava Jato, nas pessoas do procurador Deltan Dallagnol e do juiz Sergio Moro, vai dando seus shows antipetistas, a defesa do ex-presidente vai informando à ONU esses passos de modo a corroborar a afirmação de que a Operação e seus condutores agem com motivações político-partidárias.

Uma frente ampla pelo Brasil

Editorial do site Vermelho:

O descompasso entre o país real e o país supostamente legal voltou a ficar extremamente visível desde a o golpe midiático-parlamentar-judicial consumado com o afastamento da presidenta legítima Dilma Rousseff em 31 de agosto.

A crise não para de crescer e se aprofundar e ameaça desbordar as esferas político-institucional e econômica e se transformar num conflito social aberto, como se tem assistido nos acontecimentos do Rio de Janeiro, que nesta terça-feira (6) voltaram a conflagrar aquele estado.

A indecência de Moro e Aécio na IstoÉ

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma sociedade, para funcionar, deve ser regida pelo conceito de “common decency”, decência geral.

Foi o que escreveu o britânico George Orwell, o grande intelectual britânico autor de clássicos como 1984 e a Revolução dos Bichos.

As fotos da festa da IstoÉ que tomaram de assalto as redes sociais nas últimas horas são, simplesmente, indecentes. Revelam almas visceralmente corrompidas.

Um golpe que cai

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Por que o golpe se despedaça na sarjeta como um bêbado trôpego, sem que ninguém consiga recolocá-lo de pé e apesar da extrema boa vontade da mídia e do mercado com esse frango desossado que se amarrota sob o próprio peso?

Falta ao bêbado golpista algo que não se improvisa quando um ciclo de crescimento de uma nação se esgota e outro pede para ser construído: um projeto pactuado de futuro no qual a maioria da sociedade se enxergue e com o qual se identifique.

O oposto ocorre no Brasil agora - na verdade já ocorria desde 2012 quando se esgotou o fôlego contracíclico do Estado brasileiro e a desordem neoliberal no mundo não deu sinais de arrefecimento.

Um Brasil justo, pra todos e pra Lula

Por Gilberto Carvalho

​A campanha “Um Brasil justo, pra Todos e pra Lula” (http://brasiljustopratodos.com.br)/ foi lançada na noite de 10 de novembro, em São Paulo, com um ato público realizado na Casa de Portugal.

Mais de 600 brasileiros e brasileiras das áreas política, cultural, artística, acadêmica, econômica, jurídica, religiosa, pesquisadores e militantes do movimento social subscreveram o Manifesto em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e do ex-Presidente Lula. E hoje mais de 17 mil pessoas já o assinaram.

"Serra foi comprado pela Chevron"

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Do site do PT:

Em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, a Petrobras estava “na UTI”. Dez anos depois, a empresa tinha outra cara. O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, por exemplo, saltou de R$ 100 milhões para R$ 1 bilhão por ano. A participação no PIB saiu de 2% para 13%. A indústria naval, estimulada por políticas de obrigatoriedade de conteúdo nacional, saiu de 2 mil para 90 mil empregados.

“Nós reaprendemos a fazer navios e plataformas”, afirma Zé Maria Rangel, presidente da Federação Única dos Petroleiros. Mesmo com esses números, a mídia e aqueles que hoje estão no poder venderam a ideia de que o PT havia destruído a empresa. Nada mais falso. Esse discurso colaborou para o golpe de Estado de 2016. Hoje, o atual presidente da empresa, Pedro Parente, promove um verdadeiro desmonte, com a venda de ativos importantes.

Conflito de classe e a crise institucional

Por Armando Boito Jr., no jornal Brasil de Fato:

É público e notório que se instalou um conflito institucional no Estado brasileiro. Ele opõe tanto o Executivo quanto o Legislativo Federal a setores politicamente ativos do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal. O que não é do conhecimento de todos é que esse conflito institucional que atravessa o Estado brasileiro é, também e principalmente, um conflito de classes. Os setores politicamente ativos do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal representam de um modo muito peculiar, embora já verificado em outros momentos da história política do Brasil, a alta classe média, que foi a base de apoio do golpe de Estado que depôs Dilma Rousseff; o Executivo Federal e as forças majoritárias no Legislativo representam a fração da burguesia que foi a força dirigente desse golpe de Estado. A força política dirigente do golpe, a fração da burguesia brasileira associada ao capital internacional e interessada na restauração do neoliberalismo puro e duro, perdeu o controle da base de massa do golpe, cuja mobilização a burguesia incentivou, até agosto de 2016, para poder depor a presidenta Dilma.

Serra e Moro se divertem na festa da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

No post abaixo, você pode ver a foto do senador mega-citado em delações da Lava Jato, Aécio Neves, e do juiz do caso, Sérgio Moro, em um momento de grande intimidade. Ou como se diz no popular, entre cochichos de pé de ouvido.

Não seria nada demais, se Aécio não fosse, entre outras coisas, um dos políticos citados na lista da Odebrechet por montar um esquema com seu marqueteiro para receber propinas.


Moro e os tucanos metidos em corrupção

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Com convidados que mais pareciam formar uma convenção do PSDB, entre eles, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, João Doria, José Serra e Alexandre de Moraes (ministro da Justiça), a revista IstoÉ promoveu na noite de ontem (6), uma festa para premiar o presidente Michel Temer como o "grande brasileiro do ano de 2016", bem como o juiz federal de primeira instância Sergio Moro, eleito pelos critérios da revista o "brasileiro do ano na Justiça".

Moro, Aécio e a intimidade obscena


Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

No futuro, essa foto, mais do que qualquer outra imagem, será a representação simbólica desses dias de caos e desesperança.

É o instantâneo de todo o absurdo em que vivemos: um clarão sobre as personagens tétricas de uma ópera bufa patrocinada por uma revista que, hoje, é o emblema máximo da indigência moral da mídia e dos jornalistas brasileiros.

Alta dos combustíveis. Cadê as manchetes?

Por Altamiro Borges

Em outubro, a Petrobras promoveu uma demagógica redução do preço dos combustíveis. Foi o que bastou para a mídia chapa-branca fazer o maior escarcéu. O factoide virou manchete dos jornalões e destaque nas telinhas da tevê. O Judas Michel Temer foi aplaudido e os puxa-sacos da imprensa – os ex-urubólogos – garantiram que a queda reduziria a inflação e alavancaria a economia. Tudo mentira. A redução do preço nem chegou aos postos – pelo contrário. Agora, porém, a Petrobras reajusta o preço da gasolina em 8,1%, do diesel, em 9,5%, e do gás de cozinha em 12,3%. Em mais um golpe contra o jornalismo e ética, a mídia mercenária simplesmente abafa o assunto.

Entenda a reforma da Previdência de Temer

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Os homens e mulheres brasileiros terão de trabalhar por mais tempo para conseguir a aposentadoria, caso a reforma da Previdência lançada pelo governo Michel Temer seja aprovada no Congresso em 2017.

As novas regras, encaminhadas à Câmara dos Deputados, foram apresentadas nesta terça-feira, 6, pelo secretário da Previdência, Marcelo Caetano, em Brasília. Entenda, nas perguntas e respostas abaixo, do que se trata a proposta.


A guerra dos intocáveis convulsiona o país

Por Jeferson Miola

Os eventos que precederam a decisão do juiz do STF Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado podem ser produto de mera e incrível coincidência. Mas podem, também, ser fruto do encadeamento de eventos sucessivos, ocorridos em meticulosa e nada ocasional sequência.

O episódio surpreende porque o autor desta drástica decisão, o juiz Marco Aurélio Mello, é um dos dois únicos juízes da atual composição da suprema corte com postura e estatura compatível com o cargo de juiz do STF. Ele é um liberal-democrata que se destaca pelo zelo do Estado de Direito e pela defesa da Lei e da Constituição.