sábado, 7 de janeiro de 2017

A esperança e as suas consequências

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O que o golpe e o fatalismo conservador tentam nos explicar há oito meses é que a esperança que se alimenta de aspirações por mais justiça e democracia é um atentado ao equilíbrio das contas nacionais, como o perseguido agora pela PEC 55.

Enquanto a dissonância não retroceder, o ambiente político não desanuviará, os mercados não vão relaxar, a incerteza e a crise persistirão, advertem colunistas anexados a relatórios de bancos e vice-versa.

A esperança é disfuncional.

Lei das teles também tem agrados às TVs

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em tempos de penúria fiscal, com o governo a negar 7 reais a mais ao salário mínimo, congelar por vinte anos gastos sociais e a propor que menos gente receba aposentadoria (e de valor menor), uma simples decisão governamental poderia render 5 bilhões de reais de uma vez aos cofres públicos e garantir um fluxo de 1 bilhão de reais por ano daqui em diante.

Esses números são estimativas do potencial arrecadatório com a cobrança de uma contribuição a ser paga por rádios e TVs com base em uma lei de 2000, a 9.998. Uma polêmica que volta à baila graças à lei que presenteia as empresas de telefonia fixa com bilhões de reais em bens públicos.

Presídio no Brasil: Abatedouro de pobre

Por Laura Capriglione, no site dos Jornalistas Livres:

Juízes, Desembargadores, Ministros do STF e STJ, o Ministério Público Federal e os Estaduais, as Polícias Militares e a Federal, o Exército, a Força Nacional, os protagonistas do Golpe de Estado contra a Democracia agora rangem os dentes contra a população preta e pobre - a maioria da população carcerária do país.

Michel Temer, o presidente do Golpe, já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, escolhido para o cargo logo depois do Massacre do Carandiru, em 1992, pelo seu amigo, Luiz Antônio Fleury Filho.

Como o pato da Fiesp engoliu o MPF

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – sobre as responsabilidades do MPF

O Ministério Público Federal teve papel central no golpe parlamentar que visou, em última instância, reduzir drasticamente as responsabilidades do Estado e congelar as despesas públicas através da PEC 55.

O congelamento implica em meramente corrigir as receitas pela inflação do período, mantendo o mesmo valor real inalterado por 20 anos.

A lógica anterior consistia em definir um patamar de despesas e corrigi-la anualmente pelo índice de preço do período mais o crescimento do PIB.

Regina Duarte adere ao vassouraço de Dória

Foto: Jornalistas Livres
Da revista Fórum:

O prefeito de São Paulo João Dória parece ter perdido mesmo o senso de ridículo. Após ser criticado e comparado por toda a mídia nacional a Jânio Quadros, ele insiste no vassouraço, se veste de gari novamente e, como se não bastasse, foi desencavar a atriz Regina Duarte que, sem medo de ser feliz, chegou voando ao Masp com a sua vassoura.

Elite não vai esperar a economia afundar

Golpe parlamentar e o assalto ao bem comum

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Um dos efeitos mais perversos do golpe parlamentar, destituindo com razões juridicamente questionáveis pelos juristas mais conceituados de nosso país e também do exterior, foi impor um projeto económico-social de ajustes e de modificações legais que significam um assalto ao já combalido bem comum. O golpe foi promovido pelas oligarquias endinheiradas e anti-nacionais que usaram um parlamento de fazer vergonha por sua ausência de ética e de sentido nacional, que por ele pretendem drenar para seu proveito a maior fatia da riqueza nacional. Isso foi denunciado por nomes notáveis como Luiz Alberto Moniz Bandeira, Jessé Souza, Bresser Pereira, entre outros.

Juristas pedem exoneração de Moraes

Do site Vermelho:

À frente do Ministério da Justiça desde a posse de Michel Temer, Alexandre de Moraes protagonizou mais falhas do que qualquer cargo pode suportar. Nesta sexta, 6, em meio ao maior caos penitenciário, suas reações equivocadas e oscilantes despertaram a articulação no meio jurídico para que ele renuncie do cargo, ou então seja exonerado pelo presidente.

A burguesia no golpe do impeachment

Por Armando Boito. no jornal Brasil de Fato:

Por que, durante a crise política de 2015-2016, a presidenta Dilma Rousseff foi abandonada por setores sociais que, até então, vinham se beneficiando com as políticas implementadas por seu governo? Essa pergunta vale, dentre outros, para o movimento sindical, para os trabalhadores da massa marginal e, também, para boa parte da burguesia brasileira. Ao longo das próximas semanas, vamos tentar oferecer alguns elementos de resposta para cada um desses casos. No texto que publicamos agora, veremos o caso da burguesia.

A mídia e o vereador anticotista Holiday

Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

O “dirigente” do MBL e agora vereador Fernando Holiday (DEM) tem aliados poderosos na sua cruzada contra as medidas de inclusão racial.

Para saber quem são, basta ver como a imprensa tradicional repercute os planos do edil de revogar o Dia da Consciência Negra e acabar com as cotas nos concursos públicos municipais.

Holiday afirma que o Dia da Consciência Negra é “segregacionista” e por isso “as pessoas devem ter consciência humana, independentemente da cor da pele”. No entanto, em momento algum é chamado a explicar por que a data promove o racismo em vez de combatê-lo.

Temer é o "Benjamin Button" da política

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                  

No filme "O curioso caso de Benjamin Button", de David Fincher, o personagem vivido por Brad Pitt inverte a ordem cronológica da vida e já nasce velho, aos oitenta e poucos anos, e vai diminuindo de idade e tamanho ao logo de sua existência até se transformar em um bebê antes de morrer.

Com a ressalva importante de que o governo Temer jamais desfrutará dos anos dourados da juventude, tal como Button, pois faz uma trajetória meteórica do nascimento rumo ao ocaso, a comparação entre a ficção e a nossa triste realidade faz sentido.

Bruno Júlio e as escolhas de Temer

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

''Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana.''

Na sua opinião, essa declaração sobre os presos mortos no Massacre de Manaus foi dada por:

a) Um perfil falso de rede social criado para apoiar políticos ou movimentos que querem se vender como novos salvadores da pátria, mas defendem a tradição, a família e a propriedade, tentando mostrar que o problema do mundo é a defesa dos direitos humanos;

b) Um hater da internet que, na opinião dos vizinhos, é um ''homem de bem'', ''pai carinhoso'', ''trabalhador exemplar'', ''pagador de impostos'', ''pessoa tranquila'', mas que, na frente do computador, torna-se capaz de matar com as próprias mãos com requintes de crueldade;

Temer exonera o seu jovem facínora

Por Altamiro Borges

O covil golpista de Michel Temer só reúne trastes da pior espécie – bandidos profissionais, abutres rentistas e fascistas convictos. Sete ministros já foram defecados – a maioria por denúncias de corrupção. Nesta sexta-feira (6), mais um traste caiu. O Secretário Nacional de Juventude do governo ilegítimo, Bruno Júlio, “pediu demissão” após a repercussão de suas declarações facínoras ao jornalista Ilimar Franco, do jornal O Globo. Questionado sobre o massacre no Presídio de Manaus, que resultou na morte de 56 pessoas, o jovem fascista disse que “tinha que matar mais”. Nem o “fujão” Michel Temer, que se acovardou diante da barbárie, poderia sustentar tamanha escrotidão.