segunda-feira, 20 de março de 2017

O efeito da Globo nos 'midiotas'

O desafio de massificar as maldades de Temer

Judiciário, mídia e o Estado de Exceção

Foto: Paulo Pinto/Agência PT
Por Raphael Coraccini, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Brasil passa por um momento de guerra jurídica, a chamada Lawfare. Os descalabros jurídicos cometidos por promotores, juízes e policiais apontam para um Estado de exceção já consumado. Essa é a interpretação de Valeska Zanin, advogada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valeska afirma ainda que o Lawfare só é possível quando a mídia participa ativamente da guerra, justificando malfeitos e promovendo seus heróis, como é o caso do juiz Sergio Moro.

A esperança na transposição do São Francisco

Por Luciana Santos, no Blog do Renato:

O Dia de São José é uma data especial e cheia de simbolismo para o povo nordestino. Neste dia a religiosidade popular destina ao santo as orações e pedidos de chuva e por uma boa colheita. É um dia de festa e neste último domingo (19) a festa teve um caráter ainda mais simbólico.

O dia foi escolhido para a inauguração popular da transposição do Rio São Francisco na bacia do Rio Paraíba, em Monteiro; onde estive ao lado dos ex-presidentes Lula e Dilma e de colegas parlamentares e lideranças populares de várias regiões. Essa obra estruturante é um dos principais legados dos governos progressistas no Brasil. Quando estiver pronta, nos dois eixos, a transposição deve beneficiar 12 milhões de pessoas.

A justiça poética das delações contra Aécio

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tudo de ruim que aparece contra Aécio nas delações tem o sabor de justiça poética.

É o caso dos 50 milhões de reais que Marcelo Odebrecht afirmou que Aécio recebeu por conta da construção de uma usina em Rondônia.

Foi em 2007, quando Aécio era governador de Minas. Os 50 milhões de reais, em valores de hoje, são 90.

Foi a Folha que deu o furo. Mas deu de uma forma miserável. Escondeu a notícia na primeira página.

Na festa nordestina, Lula retoma a ofensiva

Monteiro/PB, 19 de março de 2017. Foto: Ricardo Stuckert

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A grande celebração, entre Lula e o povo nordestino, da chegada das águas do rio São Francisco ao semi-árido será apontada como um pretexto para o lançamento de sua candidatura a presidente em 2018. Mais do que isso, porém, o ato de Monteiro (PB) foi uma questão de justiça histórica, que Temer tornou necessária com sua mesquinha inauguração oficial da semana passada, em que sequer mencionou o nome de seu principal realizador. O comparecimento maciço a um encontro com quem não mais governa, a força política da manifestação e os claros sinais da saudade de Lula sugerem que a oposição começa a sair da defensiva para tomar a dianteira, depois da derrota imposta pelo golpe de 2016.

'Lista de Janot' e as reformas do rentismo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O vazamento em pílulas, do que vulgarmente ficou conhecido como “Lista do Janot” — independentemente de quem está nela arrolado – foi mais um episódio da “exceção” em voga no nosso sistema de direito, que unifica politicamente grupos organizados dentro da alta burocracia estatal, a maioria da mídia tradicional e setores liberal –conservadores de vários partidos políticos. Sua forma parcelada, manipulada e ilegal de divulgação, visa omitir sua verdadeira e real novidade: a maioria das pessoas supostamente envolvidas em atos ilegais, que ainda não se sabem quais são — nem se são reais — na sua maioria são originárias, tanto dos partidos golpistas que estavam no governo, como dos partidos golpistas que eram oposição.

O conluio criminoso entre Janot e mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Quis custodiet ipsos custodes?

Quem vigia os vigilantes?

Como diria o Lenio Streck, isso é incrível, ou melhor, crível.

Pindorama se tornou uma espécie de faroeste sem lei, onde tudo é possível.

A lei de delação premiada já é, por si mesma, uma farsa. Importaram uma lei dos Estados Unidos, esquecendo que, lá, procurador é nomeado e demitido pelo governo.

Meirelles já vendeu o Brazil!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Saiu no PiG cheiroso:

Meirelles anuncia mais abertura e interesse do país em aderir à OCDE

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles enfatizou no G-20 que o Brasil está se movendo para uma maior abertura comercial e revelou que o país examinará a adesão à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE), numa reviravolta na postura brasileira até recentemente.

Em contraste com os EUA no grupo das maiores nações desenvolvidas e emergentes, Meirelles disse que o Brasil é favorável à abertura comercial, com base na experiência de que o protecionismo foi negativo para o país.

Bolsonaro tenta escapar da 'Lista da Friboi'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eu não fico dando muita bola para o senhor Jair Bolsonaro, mas quando ele se mete a fazer todo mundo de burro, é obrigação mostrar isso.

Ele postou em seu Facebook um vídeo [aqui] dizendo que “devolveu” o dinheiro que recebeu oriundo da JBS – dona da marca Friboi – dizendo que por isso era honesto.

Menos, seu Jair, menos.

O senhor recebeu R$ 200 mil da JBS-Friboi, repassados pelo diretório nacional do PP, através do recibo eleitoral 011200600000RJ000001, conforme o TSE.

Previdência: Uma reforma que deforma

Por Humberto Carvalho Lopes, no site da UJS:

Seria muito fácil para qualquer um, simplesmente vestir a ideologia do senso comum, e dizer “Bolsomito 2018”, principalmente, nos meios direitistas, em âmbitos familiares e sociais em que boa parte dos brasileiros vivem. Por pensar diferente desse senso comum, existem pessoas que são acusadas de sofrer doutrinação, principalmente dentro da sala de aula. O ato revolucionário em questão é desenvolver uma coisa chamada senso crítico e posicionar-se politicamente no espectro de esquerda. O campo do proletário, do estudante, do desempregado, das lutas pela equidade de gênero, pela erradicação de quaisquer tipos de discriminações, e pelo pleno empoderamento do trabalhador em detrimento dos grandes patrões.

O impacto devastador da terceirização

Por Alan Trajano, no site do Diap:

A possibilidade da terceirização irrestrita defendida pelo empresariado nacional e objeto central das discussões que envolvem a reforma da legislação e jurisprudência em vigor é vista como a modernização necessária e, na outra extremidade como precarização das relações de trabalho. Este debate vai além. O impacto da terceirização irrestrita pode ser devastador para as próprias empresas que buscam aumentar sua produtividade e competitividade.

O processo de reestruturação produtiva se inicia simultaneamente na maioria dos países capitalistas na década de 70 do Século 20, no contexto da terceira revolução industrial e tecnológica.

A ilegitimidade do Congresso Nacional

Por Beatriz Cerqueira, no jornal Brasil de Fato:

O que estamos enfrentando neste momento no Brasil definirá não apenas o nosso futuro, mas, também o das próximas gerações. Decidirá se nosso país voltará a combater a miséria ou aprofundará a desigualdade.

A agenda de retrocessos e de retiradas de direitos iniciada em 2016 pretende redefinir o Estado Brasileiro para as próximas décadas. Não se trata, portanto, de "mais uma luta" que precisa se encaixar nos afazeres do nosso cotidiano. Além de retomarmos a democracia em nosso país, está em disputa que modelo de Estado teremos.

Um belo filme sobre a luta pela moradia

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Filmes e novelas que desenvolvem a temática social são na maior parte das vezes intermináveis repetições de palavras de ordem e clichês –e, por isso, chatíssimos. Heróis inverossímeis falando sobre sofrências e utopias.

“Era o Hotel Cambridge”, da diretora Eliane Caffé é outra coisa.

Retrato construído com um milhão de pixels anônimos (os trabalhadores sem teto, refugiados das grandes metrópoles do Brasil e do mundo), o filme escolheu estar a meio caminho entre a ficção e o documentário, para melhor se aproximar de seu foco narrativo: a vida, os sonhos, os amores e o tesão da luta em uma das mais emblemáticas ocupações de sem-teto de São Paulo, a que repovoou o antigo Hotel Cambridge.

Nefasta associação da mídia com a Lava-Jato


No Brasil, em vez de as leis serem interpretadas à luz da Constituição Federal, é a Constituição que tem de ser submetida a leis autoritárias, fascistas e regressivas, que diariamente são aprovadas no Congresso Nacional. A afirmação foi feita pelo deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em debate realizado na noite de sexta-feira (17) no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

Oligopólio da mídia distorce debate público

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Na década de 70, os pesquisadores Maxwell McCombs e Donald Shaw desenvolveram uma teoria para tentar explicar como a mídia determina os assuntos que serão debatidos pela sociedade. A teoria do Agenda Setting, conhecida em português como Teoria do Agendamento, foi pensada a partir de pesquisas feitas durante duas campanhas presidenciais norte-americanas. O estudo comprovou que os assuntos debatidos entre os consumidores de informação eram os mesmos que os sugeridos pela mídia. Portanto, a opinião pública seria direcionada pelas escolhas dos veículos de comunicação de massa. As principais pautas, os recortes e os ângulos da informação adotados pela mídia influenciariam diretamente a opinião dos receptores. Segundo Donald Shaw, “as pessoas têm tendência para incluir ou excluir de seus próprios conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo”.

Plano de saúde: a armadilha simbólica

Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:

Por que o trabalhador, ao reivindicar melhorias dos seus direitos à saúde, tende a demandar prioritariamente planos de saúde privados? Por que não exigir um Sistema Único de Saúde melhor e, de fato, para todos?

A resposta advém do histórico da seguridade social brasileira com todas as especificidades de uma sociedade extremamente desigual, que internalizou valores da exclusão fruto de um forte passado escravista.

Diante de um cenário de avanço social, normalmente, o trabalhador ou cidadão guia suas preferências a mimetizar o padrão de consumo tradicional da classe média. Ao invés do esforço voltado a igualar os direitos para todos, status social comum, busca se inserir ao estrato social dos privilegiados, relegando o passado ao esquecimento.