quarta-feira, 12 de julho de 2017

Celso Amorim critica condenação de Lula

Olha o cavalo, Rodrigo Maia!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na terça-feira agitada que o Congresso viveu ontem era corrente a avaliação de que Temer recuperou alguns pontos em sua ofensiva para não ser afastado do cargo. Com a troca de 14 deputados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tornaram-se reais as chances de vitória governista no colegiado, embora a matéria siga de todo modo para o plenário. O STF, através de sua presidente, ministra Cármem Lúcia, como era esperado, ratificou o troca-troca na CCJ.

O Senado aprovou a reforma trabalhista depois da heroica resistência das senadoras da oposição e Temer conseguiu que a bancada do PMDB aprovasse o fechamento de questão contra a aprovação da licença para o processo, o que sujeita a punições e à expulsão os deputados que votarem a favor. E para completar, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, temendo a pecha de traidor, recuou de suas articulações e conversas com setores da base governista. A imobilidade de Maia é agora o que mais conta a favor de Temer. O cavalo está passando selado na frente dele. Se não montá-lo no tempo certo, depois será tarde.

Ocupar! Não deixar o golpe governar!

A condenação de Lula é um escárnio

Por Dilma Rousseff, em seu site:

A condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas, a 9 anos e seis meses de prisão, é um escárnio. Uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil. Lula é inocente e essa condenação fere profundamente a democracia.

Sem provas, cumprem o roteiro pautado por setores da grande imprensa. Há anos, Lula, o presidente da República mais popular na história do país e um dos mais importantes estadistas do mundo no século 21, vem sofrendo uma perseguição sem quartel.

Ontem, com indignação, assistimos à aprovação pelo Senado do fim da CLT. Uma monumental perda para os trabalhadores brasileiros.

Sergio Moro e as caçadas do rinoceronte

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Cena 1 – as caçadas de Pedrinho e de Sérgio Moro

A história é de Monteiro Lobato no seu clássico “As Caçadas de Pedrinho”.

O rinoceronte foge do circo e se embrenha no mato. Cria-se um pânico geral e é montada uma força tarefa para caçar o rinoceronte. Em pouco tempo, a força tem centenas de homens nas mais variadas funções. Instala centrais telefônicas, de telégrafo para seus membros de comunicarem.

Por fim, descobrem o rinoceronte vivendo placidamente no sítio do Pica Pau Amarelo. Toca então negociar com a dona do sítio, dona Benta, com a intermediação da boneca Emília.

O salário que não chega ao fim do mês

Editorial do site Vermelho:

O Brasil submetido à política econômica tacanha do governo golpista vive uma situação paradoxal – apesar de registrar, em junho de 2017, a primeira deflação (que é o contrário da inflação: queda nos preços) desde junho de 2006, entre muitos trabalhadores é nítida a percepção de que o salário não completa o mês inteiro.

É uma percepção correta. A queda de preços registrada não resulta de uma política acertada do governo, como querem seus propagandistas da mídia patronal hegemônica. Muito pelo contrário, ela é provocada pela forte depressão econômica provocada pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

Maia engaveta MP para agradar a Globo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao anunciar que pretende engavetar uma Medida Provisória negociada entre Michel Temer, a Força Sindical e a UGT, destinada supostamente a amenizar determinados pontos da reforma trabalhista, Rodrigo Maia produz dois ensinamentos políticos.

Primeiro: confirma que as negociações entre sindicatos e o Planalto em torno da MP nunca deveriam ter sido tomadas pelo valor de face. Não passavam, essencialmente, de um esforço para esvaziar a greve geral de 30 de junho e a mobilização contra a reforma, na sequencia da bem sucedida paralisação de 28 de abril, uma demonstração de unidade poucas vezes vista. Isso foi denunciado na época, como se sabe.

A febre amarela nos governos Lula e Temer

Por Claudia Malinverni, na revista CartaCapital:

Nos últimos nove anos, dois ciclos de intensificação da febre amarela silvestre (na gramática epidemiológica, epizootia), fenômeno recorrente no cenário brasileiro, chamaram a atenção do jornalismo de massa. O primeiro, no verão de 2008, foi alvo de uma intensa e controversa cobertura, que mobilizou a imprensa nacional e acabou por configurar a doença como uma epidemia midiática.

O segundo, no início deste ano, a despeito de ter provocado um surto entre seres humanos de dimensões inéditas e com potencial para a espetacularização, recebeu um tratamento jornalístico oposto, centrado na objetividade da informação.

Temer rouba os direitos trabalhistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Depois do mais evidente no processo golpista que colocou o Brasil de joelho e pires na mão, talvez a segunda coisa mais difícil de digerir seja o cinismo dos autores desse processo.

Na noite anterior à votação da “reforma trabalhista” no Senado, a Globo bateu duro em Temer por conta de suas roubalheiras e, em seguida, entoou o bordão da moda entre autores intelectuais do golpe, ou seja, o grande empresariado:

“A sociedade está separando a política da economia”.

É como se o plano da Fiesp e congêneres de tirar direitos dos trabalhadores fosse uma lei da natureza, imutável, irrefreável, quando, na verdade, é uma mudança na economia que provocará um dos processos de empobrecimento coletivo mais rápidos e dramáticos da história, se não do mundo, ao menos da do Brasil.

Um bando de vigaristas destruiu a CLT

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

As bravas mulheres da oposição bem que tentaram: protagonizaram o ato político mais surpreendente dos últimos tempos na tentativa de barrar a aprovação da macabra reforma trabalhista defendida pelo governo Temer. Por quase sete horas, a mesa diretora do plenário da Casa foi ocupada por cinco senadoras – Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Angela Portela (PSB-RR). Essa foi a única alternativa de protesto encontrada, já que o Senado estava prestes a concluir a última etapa de votação antes da sanção presidencial.

O apito da panela de pressão

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O primeiro semestre deste ano marca o quadragésimo aniversário de uma importante etapa do movimento de luta contra a ditadura militar, que havia se instalado em nosso País em 1º de abril de 1964. Entre maio e junho de 1977 os estudantes foram às ruas em várias capitais denunciando prisões arbitrárias, a repressão generalizada e também as questões específicas da pauta na área da educação. As primeiras manifestações ocorreram na capital paulista.

Parte dessa mobilização, até então inédita desde as passeatas de 1968, foi registrada na forma de um importante documentário realizado por estudantes da USP no calor dos acontecimentos. O filme recebeu o título de “O apito da panela de pressão” e foi divulgado pelo Brasil afora, apesar de proibido pelo governo do General Geisel. O exemplo vindo das imagens registradas em São Paulo operou como catalisador do sentimento generalizado de repúdio ao regime, mostrando que havia espaço para ampliar as lutas.

Senado aprova a volta da escravidão


O plenário do Senado aprovou o projeto de lei (PLC 38) de "reforma" da legislação trabalhista. Foram 50 votos a favor e 26 contrários, com uma abstenção. A votação foi concluída por volta das 19h50, depois de mais de seis horas de sessão suspensa, devido a uma ocupação organizada por um grupo de senadoras da oposição. Conforme queria o governo, o texto foi aprovado sem mudanças.

A oposição ainda tentava aprovar algum destaque, para que o projeto voltasse à Câmara. Sem mudanças, o PLC 38 vai à sanção de Michel Temer. O governo diz que fará alterações via medida provisória. "Esta reforma é para diminuir a rede de proteção social e precarizar as condições de trabalho", disse Humberto Costa (PT-PE). "Este projeto não vai criar empregos, e sim subempregos", afirmou Telmário Mota (PTB-RR).

Por onde andam os 'coxinhas'?

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Em meio a escândalos de corrupção que envolvem diretamente o presidente Michel Temer (PMDB), uma pergunta ronda a cabeça de muitas pessoas: por que as manifestações de rua contra a corrupção cessaram?

Algumas respostas já apareceram. Em declarações ao jornal Valor Econômico, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi objetivo ao comparar o cenário atual à conjuntura passada: “Não é a mesma circunstância. É diferente. O PSDB tem quatro ministros de Estado. O PSDB não tinha ministros no governo do PT”.

O cantor Lobão, um dos ícones das manifestações em defesa do golpe contra Dilma Rousseff (PT), foi na mesma linha: “Mesmo se [Temer] fez falcatrua, se está todo ligado à rede de corrupção, respeitem a interinidade. A economia pela primeira vez tem inflação negativa, depois de 11 anos. Então deixem o cara terminar”, disse à Folha de S.Paulo.

Moro já não é mais “intocável”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No site do Conjur, uma matéria reveladora de que se acabou a onipotência - embora não o poder - de Sérgio Moro.

Por unanimidade, os integrantes da turma (a 8ª do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, para onde vão os recursos das sentenças do juiz curitibano) decidiram oficiar (a) Moro para que ele pare de oferecer benefícios em processos sobre os quais não tem competência.

Segundo eles, Sergio Moro “tem tentado amarrar as instâncias superiores” às suas decisões ao fazer acordos com delatores da operação “lava jato”. Em pelo menos duas oportunidades Moro determinou como seria o cumprimento da pena de réus condenados com apelações pendentes de julgamento pela corte, diz o Conjur.