sexta-feira, 1 de setembro de 2017

"Se Lula for condenado vai ter guerra"

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Olhando para o resto do Brasil de um ponto qualquer do Nordeste, como Picuí, na Paraíba, Mossoró, no Rio Grande do Norte, ou ainda Juazeiro, no Ceará, não há dúvida que a caravana de Lula se encaminha para atingir o objetivo inicial: denunciar, por todos os meios legítimos, a consumação de um golpe dentro do golpe.

Não custa rememorar. Exatamente um ano depois do impeachment sem provas de crime de responsabilidade que afastou Dilma Rousseff, procura-se, pela segunda vez, fazer o mal pela raiz: impedir, de qualquer maneira, Lula de disputar a presidência da República Numa investigação que teve início no Ministério Público de São Paulo, muito antes da Lava Jato, a Justiça não consegue provar que Lula teria recebido um apartamento no Guarujá como suborno pela prestação de favores a uma empreiteira envolvida com transações corruptas com a Petrobras.

A batalha das ideias no Brasil do golpe

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Pode parecer que a apatia tomou conta da sociedade brasileira, escaldada em tanto retrocesso. Muitos reclamam da ausência das pessoas na rua, da diminuição dos protestos, da escalada conservadora em vários campos, da economia ao comportamento. Há uma tristeza no ar, que não pode ser traduzida apressadamente como sentimento de derrota.

Essa situação pode até ter certo fundamento na realidade, mas precisa ser compreendida na nova dinâmica assumida pelo projeto conservador. O desmonte da democracia, que domina a vida institucional nos três poderes da república e que tem na imprensa hegemônica seu fiador de todas as horas, não se dá no vazio.

É mentira que o desemprego caiu

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O mais doloroso na crise político-econômica que fustiga o Brasil elevando a pobreza, a miséria e a desigualdade, extinguindo ou “precarizando” postos de trabalho, reduzindo salários e eliminando direitos trabalhistas, é a manipulação da opinião pública pela mídia conservadora, elitista e, portanto, partidária da concentração de renda.

Antes de adentrar o assunto que intitula o post, a farsa sobre queda do desemprego, é necessário explicar por que a Globo, a exemplo de outros grandes grupos de mídia, tem batido duro no governo Michel Temer no campo político. Além disso, também há que explicar a crise econômica que não termina, só piora.

Doria nomeia ex-prefeito condenado

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O prefeito de São Paulo João Doria Jr. nomeou para chefe de assessoria técnica da secretaria do governo o ex-prefeito de Cotia Antônio Carlos de Camargo, do PSDB.

“Carlão”, figura folclórica na região, teve pedida sua inelegibilidade por 8 anos em outubro de 2016 num caso de abuso de poder político.

Seu sucessor e aliado, Rogério Franco, foi cassado na mesma ação.

Em fevereiro deste ano, Carlão foi condenado por improbidade administrativa.

Um ano da morte anunciada

Por Marco Piva

Há um ano, o Brasil assistiu, numa improvável sessão dominical da Câmara dos Deputados, a destituição da presidenta Dilma Rousseff. Para seus críticos, ela era um incômodo para o desenvolvimento econômico. Com o objetivo de conseguir o impeachment a qualquer custo, a oposição foi buscar o argumento das "pedaladas fiscais", cuja explicação não alcançava a população, mas se tornou, naquele momento, o único meio possível de apeá-la do governo com o apoio majoritário de um Congresso mais do que suspeito.

População sofre com cortes de Doria

Foto: Brisa Serena Guedes/Reprodução Facebook
Por Beatriz Drague Ramos, na revista CartaCapital:

Por mais de quatro horas, Carlita Viana Pereira, 50 anos, aguardava atendimento na sala de espera do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) de Itaquera, na zona leste de São Paulo. O dia frio não a inibiu de tentar resolver problemas com o Cadastro Único, que dá acesso ao Bolsa Família, um alívio financeiro para a abatida senhora responsável por sustentar, sozinha, os dois netos na periferia de São Paulo.

“Cheguei aqui às 8 da manhã e peguei a senha. Às 9 horas ainda não tinham me atendido. Aí a moça falou que eu poderia levar minha neta na escola e voltar. Voltei e ainda estou aguardando.” Já era 13h30. “Também não consegui o benefício do meu neto. O cadastro está feito já tem um ano, mas não recebi nenhuma cartinha de confirmação.”

Lula no deserto dos ventos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Achando que é pouca gente para um comício de Lula?

Pois saiba que é em Marcolândia, uma cidadezinha piauiense de 8 mil habitantes no ponto mais alto da Chapada do Araripe, entre o Ceará, Pernambuco e o Piaui, a quase 750 metros de altitude.

É por isso que Marcolândia, apesar de sua pobreza, agora menor, contribui para a economia brasileira por abrigar um grande parque gerador de energia eólica, concluído no Governo Dilma.

1 ano de golpe: há 365 dias chove no Brasil

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Há mais de 365 dias chove no Brasil. A frase não é exatamente minha, mas uma apropriação da sentença que abre o filme do cineasta argentino Fernando Solanas. Pino, como é conhecido pelos amigos, lançou em 1998, A Nuvem, no qual critica veementemente o governo argentino da era Menem e a submissão inconteste do país aos interesses estadunidenses.

“Ha mais de 1600 dias chove em Buenos Aires”.

No filme, as pessoas andam para trás, numa clara alusão ao país que retrocedia e perdia sua soberania, sua identidade cultural e que privatizava todas as áreas da sua economia ao mercado.